19 de Outubro de 2010
Por Magnum Seixas.
Equipe de Jornalismo do PojucaONLINE
Somente de janeiro a setembro deste ano foram gerados no Brasil mais de 2,2 milhões de novos empregos formais, um recorde histórico da economia brasileira. A ampliação dos investimentos do Estado, expansão do crédito e o crescimento do consumo das famílias são apontados como principais responsáveis pelo crescimento da economia. O mercado interno nunca esteve tão aquecido.
O emprego vem sendo alavancado pelo setor de serviços que foi responsável por 36,4% dos novos postos de trabalho, mas o crescimento, sobretudo, teve estimulo pela recuperação da Indústria e da Construção Civil. Juntos os dois setores criaram 43,6% dos novos empregos formais, sendo a indústria responsável por 28,6% e a Indústria por 15%. A expansão do consumo pôde ser sentida também pelo comércio, que neste período criou 13,3% dos empregos no País.
Apesar de ter ampliando consideravelmente o volume de emprego criados, o trabalhador brasileiro se defronta com salários de admissão baixos e o mercado de trabalho esta sendo expandido por meio de mão de obra com baixo grau de qualificação. Alguns avanços são observados, em meio as contradições do mercado de trabalho brasileiro, entre elas destaca-se a maior presença dos jovens.
Baixos Salários
O salário médio dos novos contratados é de R$ 824. Cerca de 86% dos novos trabalhadores recebem até 2 salários mínimos e pouco mais de 2% conseguiram se empregar com remuneração acima de 5 salários mínimos. E 60% destes trabalhadores novos recebem entre 1 e 1,5 salários mínimos.
O salário médio dos novos contratados é de R$ 824. Cerca de 86% dos novos trabalhadores recebem até 2 salários mínimos e pouco mais de 2% conseguiram se empregar com remuneração acima de 5 salários mínimos. E 60% destes trabalhadores novos recebem entre 1 e 1,5 salários mínimos.
O fato mais preocupante é que em todas as ocupações onde a remuneração é superior a 2salários mínimos as demissões superaram as contratações, isto é, houve redução no grupo de trabalhadores de salários mais elevados. Foram fechados mais 116 mil postos de trabalho no Brasil com remuneração superior a 2 salários mínimos.Apenas no setor de serviços foram criados novos empregos nestas categorias de salários(29.694 novos empregos), todos os demais setores eliminaram empregos de maior salário.
O comércio foi o setor com piores resultados no quesito salários, pois alem e ter a segunda pior média de salário com apenas R$728,52(a frente apenas da agropecuária), eliminou mais de 75 mil postos de trabalho com remuneração acima de 2 salários mínimos.
Estes resultados apontam que o crescimento do emprego no Brasil vem se dando com queda nos salários, numa substituição de ocupações de maiores salários por ocupações de menores salários.
Baixo Grau de Escolaridade
Outra característica do mercado de trabalho no Brasil é a ainda pouca participação de trabalhadores com nível superior. Estes, com superior incompleto ou completo, representaram apenas 14% dos novos contratados, na região nordeste este indicador cai para 10% e na Bahia não ultrapassa 7,5%. Este fato é resultado da baixa oferta de trabalhadores com alta qualificação no país e, sobretudo pela demanda contraída por estes trabalhadores, uma vez alguns setores que obtiveram crescimento no emprego não são intensivos em conhecimento, como construção civil e indústria. Nestes setores a contratação de pessoal com nível superior foi de 7,2% na indústria e de 4,5% na construção civil.
Trabalhadores com ensino médio (completo ou incompleto) representam 60% dos novos empregados. Em média um novo trabalhador com ensino superior completo recebe R$ 2.117, este valor é 64% superior ao salário médio de um trabalhador com ensino médio completo, que correspondeu a R$ 766. Surgindo como contradição, os maiores salários novos no Brasil, foram para trabalhadores com ensino superior na Indústria e Construção Civil, R$ 3.023 e R$ 3.357, respectivamente.
Maiores espaços para jovens
Dos novos postos de trabalho criados neste ano, 60% foram ocupados por jovens com até 24 anos. No setor do comércio chegaram a representar 94% dos novos empregos, já à construção civil foi o setor onde os jovens obtiveram menos espaço, apenas 39%. A indústria e os Serviços foram também um importante nicho de mercado para trabalhadores jovens. Na indústria 64% dos empregados eram jovens e nos Serviços 57%.
Dos jovens empregados apenas 13,3% possuíam ensino superior completo ou incompleto, mesmo na faixa de 18 a 24 anos, esta taxa pouco passou de 16%. O fato dos jovens inseridos no mercado de trabalho possuir pouca qualificação aliada à inexperiência resulta em menores salários. Mais de 95% deles auferem no máximo 2 salários mínimos.
Magnum Seixas
Graduando em Economia pela UFBA.
ótima explicação de como são os novos empregados no Brasil.
Obrigado por comentar no meu blog. Estarei sempre passando por aqui. Abraços!
http://sem--hipocrisia.blogspot.com/
oi como combinado to te seguindo to esperando sua retribuição hein :) bjo
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